Atividade espontânea de caminhada na Serra de Santa Justa
em 25 de Fevereiro de 2024
Há momentos em que a vontade de caminhar na natureza se acumula como combustível e há sempre alguém que acende esta chama.
Desta vez foi o Augusto a lançar a faísca e nem a chuva apagou esta vontade, num dia improvável para caminhadas para o comum dos mortais... “Amanhã, no lidle para caminhada matinal com chuva”.
De maneira muito espontânea uns quantos corajosos mas confiantes responderam ao repto e reuniram-se no sítio do costume para se fazer o que de costume se faz, caminhar e muito mais do que isso, pois para alma traz muito mais.
Na partida do Lidl, e com umas promessas de que o céu se abatesse sobre nós, a Beatriz com uma guinada para a rua fez orientar o grupo em direção à aldeia de Couce.
Passou-se pela ARCA e desceu-se em direção à confluência da Ribeira de Simão com o Rio Ferreira. A partir daqui as gotas finas como que se encontravam em suspensão no ar, pelas quais se foi passando, tendo como envolvência o som estridente do rio que se destacava dada a corrente habitual em dias de Inverno depois de chuvas intensas.
A aldeia foi-se aproximando e no meio de alguma cavaqueira amena quilómetros foram sendo percorridos até esta ficar para trás. Num instante se chegou à Fraga Lisa onde o rio corria de forma violenta.
Mais à frente, no alto de Belói, subiu-se em direção à serra para não abandonar para o meio urbano o que se tinha iniciado.
Contornou-se o Vale das Trilobites e tornou-se a ladear a serra de Santa Justa. Nesta altura já se estava na face virada para S. Pedro da Cova onde paulatinamente se ia começando a subir e a meio deste caminho, que iria dar à casa dos Limoeiros, optou-se pela rampa que sobe em linha reta até às antenas. 1 Km com 15% de inclinação média, sendo a inclinação mínima de 12.5% e a máxima de 20%… sobe, sobe... sobe bem, mas podia subir mais ainda, eram todos corajosos.
À paragem antes do último lanço esperou-se para que o grupo se reagrupasse e se decidisse qual o caminho a fazer pois estávamos numa encruzilhada. Neste ponto o vento estava um pouco agreste, o nevoeiro voava misturado com gotículas de água em suspensão atravessando-se na nossa frente como flocos de algodão suspensos, mas alternados com abertas deixando ver brechas de sol.
Optou-se pelo caminho que vai dar aonde?… Ao Diedro é claro, afinal nesta serra todos os caminhos vão dar ao Diedro, e ao fim de alguns minutos lá se fez a paragem para picar o ponto.
Continuou-se a caminhar, a descer e dentro de pouco tempo, por entre os caminhos da serra, lá se chegou ao ponto de partida, onde fomos batizados com uma bátega de chuva a sério. Afinal cada um dos caminheiros precisava de tomar um duche ao fim de 13.7Km.
Protagonistas improváveis de uma atividade improvável:
o Sérgio, o Pedro, o Gusto, a Filó, a Maria, o Vítor, o Zé Carlos e a Beatriz.
Vítor Barbosa
Sócio Fundador do ARCM