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Relatório - Trekking - Trilhos dos Incas - São Macário

4Apanhados na vontade de fazer uma caminhada numa paisagem de montanha, classificada como moderada a difícil, a envolvente de S. Pedro do Sul no distrito de Viseu foi o destino deste dia.

Depois de quase uma hora de viagem desde o ponto de encontro (Lidl Valongo) até à aldeia de Póvoa das Leiras, o bom tempo com que fomos brindados aumentou a nossa curiosidade, que era evidente, mas que ingenuamente desconhecia o que aí vinha.

Cumprimentos feitos entre os caminheiros, uns mais e outros menos batidos nestas andanças, e café tomado na Tasquinha dos Sabores, lá começamos a descer a estrada. Ao fim de uns cem metros saímos para um trilho que logo começou a serpentear nas colinas. O modo como esta parte do trilho estava escavado no xisto fazia lembrar algo bastante antigo e lavrado com bastante sacrifício, calcorreado vezes sem fim ao longo de muitos anos, como uma passagem entre mundos perdidos nestas serras. De algum modo, alguém inspirado noutras paisagens montanhosas com estruturas pedonais ancestrais feitas pelo homem, nomeou este caminho de Trilho dos Incas e assim ficou. Provavelmente nunca teve nome e se teve este não seria de certeza.

A paisagem é magnífica neste ponto alto, onde se vêm ao redor colinas altas sendo dominada por um rosa forte, tal é a quantidade de queiró (ou urze), com alguns pontos amarelos da carqueja e algum tojo. O alto de S. Macário parecia não muito longe tal era a visibilidade.

No fim deste trilho escavado, a envolvente passou a ser a de um cume alongado e arredondado, árido e completamente desprovido de árvores, com o xisto como companhia no trilho rasgado fazendo despontar aqui e ali alguns apontamentos de quartzo para os mais atentos.

Tendo-se percorrido alguma distância sem grandes declives neste alto, rapidamente se começou a descer até entrarmos num caminho com grande inclinação que viria dar ao rio Paivô. Sem nos apercebermos, e à medida que nos aproximávamos deste, a geologia predominante mudou de xisto para granito.

A travessia do rio neste ponto é feita sobre poldras arredondadas e Covelo de Paivô não fica longe. Estavam percorridos seis quilómetros, e atravessado o rio, aproveitou-se para reagrupar, começando-se de seguida a subir a partir da margem norte. Estávamos nas onze horas da manhã, com um sol alto e temperaturas previstas bastante elevadas para esta altura do ano.

O calor que paulatinamente foi subindo, ora por força do esforço ora pelo sol que se fazia sentir e marcado pela ausência de sombras, começou a deixar marcas ao longo desta subida que era percorrida num caminho, atualmente ainda frequentado por pastores. Esta ascensão foi de aproximadamente dois quilómetros, sendo a parte inicial a mais íngreme.

A subida constante dá então lugar a um ondulante passeio à mesma cota, onde passamos por algumas estruturas abandonadas, vestígios de uma vida outrora dura e sem alternativa, fruto do isolamento.

1E tendo sido chegados à aldeia de Regoufe regou-se. Sim, regou-se o que se pôde e com o que havia  pois era o que mais falta fazia com este calor inesperado em Abril.

Daqui, a partir do café Montanha, era visível a última subida a fazer antes de chegarmos outra vez ao rio Paivô. uma das subidas que assustava mais a ver do que a calcorrear.

Repostos os líquidos e trincada uma bucha, aproveitado para aliviar os pés, meteram-se os pés ao caminho, atravessando-se a pequena ribeira de Regoufe, onde agora o granito deu de novo lugar ao xisto, iniciando-se então a avistada subida. Neste cimo e no local de uma encruzilhada mais uma vez se fez um compasso de espera para reagrupar. A brisa de início de fim de tarde fazia antever um amenizar da temperatura, o que veio a ser um alívio.

Agora sim, o próximo destino era o rio Paivô onde o paraíso era anunciado!  Como os rios não passam nos altos, há que descer, e por sinal a descida era comprida e íngreme. A última parte desta descida oferece uma visão deslumbrante do quão selvagem é o rio Paivô por aqui.

Doze quilómetros volvidos desde o início e somos então chegados novamente ao rio Paivô, mas agora mais a montante. Alvíssaras, alvíssaras! Paisagem virgem, água cristalina, calor e boa companhia são os fatores aliciantes para se recuperar e aproveitou-se para refrescar, não faltando banhistas. Et voilá, lugar perfeito para a fotografia de grupo. O lugar era bastante aprazível e uma brisa morna descia este rio convidando a ficar por aqui.

Ora bom, nestas terras o paraíso está num lugar baixo e longe do céu sendo o caminho do purgatório para cima. Subida constante a partir do rio com uma diferença de cota de pouco mais de trezentos metros, em apenas mil e cem metros. Declive médio de 28.5%, com o declive máximo de 34%. Uns penaram mais do que outros, mas todos, cada um no seu ritmo, lá chegaram ao cimo, onde se aproveitou para baixar a frequência cardíaca, arrefecer e reagrupar.

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Afinal depois do purgatório nem sempre vem o inferno, pelo menos em Abril, pois a subida íngreme deu lugar a um declive mais simpático durante um quilómetro até ao início do Trilho dos Incas. Percorrida esta última parte, agora em sentido inverso, chegou-se ao ponto de partida onde, mais nuns do que noutros, era visível algum cansaço.

Havia ainda que apanhar dois caminheiros que ficaram em Regoufe e partiu-se então para esta aldeia, desta vez de automóvel antes de se abalar finalmente para casa.

Entre peripécias diversas, fica a estória de uma raposa que há-de andar a vaguear na serra com uns óculos graduados perdidos por um caminheiro.

Vitor Barbosa

 

Ver fotografias da actividade aqui

Logística e números da actividade:


Dia: 14-04-2024

Participantes sócios: 15

Estreantes no Trekking: 0

Ponto de partida e chegada:  Póvoa das Leiras

Início da caminhada: 8:57 h

Fim da caminhada: 17:56 h

Tempo em Movimento: 4:58:29 h

Distância: 16,45 Km

Acumulado D+: 4446 m

Altitude: 312 m (mínima) e 864m (máxima)

Nível de Dificuldade: Difícil

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